
1ª SEMANA QUARENTENA
Em razão da pandemia causada pelo coronavírus, recebemos o Comunicado oficial da PUC Goiás informando-nos que todas as suas atividades presenciais estavam suspensas por um período inicial de 15 dias corridos. Apesar de esperado, tal decisão foi-me um espanto. Afinal, era a primeira vez que eu estava face a face de uma situação que viria a ser considerada pelos representantes governamentais um estado de calamidade pública. Me restou absorver a notícia, e replanejar toda a rotina, agora, sob quarentena.
Ao longo da semana, a mídia bombardeava novas informações a respeito dos números de mortes e de casos confirmados. Assistir a Itália em completa ruína assombrava qualquer um que ainda precisava manter a rotina de trabalho. Em contrapartida, aquele na

presidência teimava dizer que as medidas de quarentena recomendadas pelo próprio Ministério da Saúde - formado por ele - eram um tanto exageradas. Afirmava ainda, que nesse caso, era melhor cuidarmos da economia do País já que, segundo ele, isso tudo não passava de uma "gripezinha" passageira.
Durante todo o tempo, procurava saber quais eram as novas atualizações em relação aos cuidados com os pacientes. É difícil acompanhar as novas políticas quando a vida útil delas não passam de alguns dias. Ademais, comecei a me sentir um tanto quanto inutilizado, afinal, eu deveria estar em campo para auxiliar nos atendimentos. No final, me sentia dividido, sem saber o que era melhor para mim.
Ao final da semana, o Ministério da Saúde contabilizou no Brasil 1.178 casos confirmados e 18 mortes.